Um novo vilão juntou-se ao grupo dos alimentos inimigos da saúde. Mas ao contrário de outros, como o açúcar e a gordura, ele pode passar despercebido. O perigo agora vem do tempero: um estudo americano constatou que o glutamato monossódico, que tem a função de acentuar o sabor da comida, está diretamente ligado à obesidade.
Assim como o sal, o tempero possui sódio, mas em menos quantidade. Porém, ele não pode ser considerado um substituto do primeiro. O produto está presente em sopas enlatadas, carnes, refeições congeladas, molhos de soja e até mesmo na salada.
O glutamato monossódico é característico principalmente em refeições industrializadas, pois proporciona melhor sabor e aroma a carnes processadas e comidas congeladas. Em pesquisas recentes, ele foi apontado como causador das dores de cabeça e da hipertensão.
No entanto, os pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, foram além. Para eles, o tempero levaria ao ganho de peso e até mesmo à obesidade.
O estudo examinou mais de 750 chineses de ambos os sexos e idade entre 40 e 59 anos. Entre eles, aproximadamente 80% usavam o glutamato monossódico nas refeições. Com base na quantidade de aditivo que cada um consumia, o grupo foi subdividido em três novas equipes. A terceira, onde estavam aqueles que mais ingeriam a substância, apresentou um sobrepeso quase três vezes maior que as demais.
A precisão da pesquisa é garantida. Foram escolhidos habitantes de áreas rurais, que quase não consomem produtos industrializados, e utilizam o tempero apenas para realçar o sabor nos alimentos do dia a dia. Além disso, todos praticavam atividade física regularmente e não ingeriam calorias em excesso. Mesmo assim, a ação do glutamato mostrou-se mais poderosa, aumentando o peso dos participantes.
A capacidade do tempero de acumular gorduras não está no sódio, ao contrário do que muitos profissionais da área poderiam concluir. A resposta pode vir de estudos anteriores, que revelam que o aditivo age diretamente no cérebro, principalmente no hipotálamo, região responsável pela sensação de fome. Assim, a substância modifica o padrão de conduta do apetite e da saciedade, fazendo com que a pessoa, mesmo após ter se alimentado, continue a sentir fome. A indução a comer desnecessariamente leva ao acúmulo de calorias e, em longo prazo, à obesidade.
A substância ainda causa outros problemas. Entre eles está a diminuição da produção do hormônio do crescimento (responsável pela existência de mais músculos em relação à gordura corporal), dor de cabeça, vertigem, moleza, inchaço, problemas de memória e até mesmo hipertensão. Nas crianças, a ingestão em excesso pode desencadear, inclusive, a hiperatividade.
Por estar presente em vários alimentos consumidos no dia a dia, é difícil eliminar o glutamato monossódico do cardápio. A dica para evitar seus malefícios é reduzir seu consumo a apenas uma colher de café por dia (aproximadamente uma grama).
O ideal, no entanto, é diminuir o consumo de refeições industrializadas e optar sempre por temperos e ervas naturais.
fonte: todaEla
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